MPB
[Música Popular Brasileira]
1980
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1980
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Iniciou a carreira artística em 1968, apresentando-se no show "Erosão: a cor e o som", com a banda Underground Tamarineira Village, que depois transformou-se na Ave Sangria. O cantor e compositor Zé Ramalho tocou em sua banda e a cantora Elba Ramalho participou do coro nas gravações de seus primeiros discos. Em 1969, foi para os Estados Unidos, através de um convênio, estudar um mês na Universidade de Harvard. Durante essa estadia, apresentou-se em praças e escolas, tocando músicas regionais. Nesse período, redescobriu seu elo com as raízes nordestinas. Em 1970, voltou para o Brasil e casou-se com Eneida, que conhecera na faculdade. Participou do III Festival Universitário de Música Popular Brasileira com "Manhã de clorofila", que tirou o segundo lugar. Inconformado com a decisão do júri, devolveu o troféu. No Rio de Janeiro, deu continuidade à sua carreira artística. Encontrou-se com o também nordestino Geraldo Azevedo, com quem formou uma parceria. Com ele compôs diversas músicas de sucessos, entre as quais, "Caravana", "Talismã" e "Táxi lunar", esta última contando ainda com Zé Ramalho. Participou do V Festival Internacional da Canção com as músicas "Fiat Luz baby", "Erosão" e "Desafio Linda". Tomou parte também do IV Festival Universitário da Música Brasileira, em agosto de 1971, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, com as composições "Água clara", "78 rotações" e "Planetário", todas em parceria com Geraldo Azevedo e que fizeram parte do primeiro disco da dupla, lançado no ano seguinte. Em 1972, procurou o cantor paraibano para interpretar a música "Papagaio do futuro" no VII Festival Internacional da Canção. A música ficou entre as 30 finalistas, não alcançando, entretanto, o resultado pretendido. Em 1974, voltou para Recife, desiludido com os resultados dos festivais. No mesmo ano, apresentou o show "O ovo e a galinha" no Nosso Teatro em Recife, acompanhado do conjunto "Os Diamantes". Levou o show a várias cidades do interior de Pernambuco e do Nordeste em geral. No mesmo período, participou, como ator, do filme "A noite do espantalho", musical escrito e dirigido pelo compositor Sérgio Ricardo, além de estar presente na trilha sonora. Gravou ainda o primeiro LP individual, "Molhado de suor", pela Som Livre. O disco foi indicado pelo jornalista e compositor Nélson Motta como o melhor lançamento do ano, sendo considerado por outros críticos uma obra-prima. Em 1975, apresentou-se com Jackson do Pandeiro, no Teatro João Caetano, no Rio, no Projeto Seis e Meia. No mesmo ano, participou do festival "Abertura", na TV Globo, com a música "Vou danado pra Catende", de sua autoria, inspirada em versos do poeta pernambucano Ascenso Ferreira. Em função de sua apresentação, a organização do festival criou o prêmio de "melhor trabalho de pesquisa" especialmente para ele. Ainda em 1975, apresentou o show "Vou danado pra Catende", no Teatro Tereza Rachel, no Rio de Janeiro, que fracassou em suas primeiras apresentações. Alceu resolveu, então, vestir-se de palhaço e, acompanhado de uma charanga, saiu pelas ruas do Rio de Janeiro anunciando o show. A partir de então, a lotação do teatro passou a esgotar-se e o show torna-se um sucesso de público. Em 1977, lançou o disco "Espelho cristalino". No mesmo ano, percorreu o Brasil em companhia do cantor pernambucano Jackson do Pandeiro, realizando shows pelo Projeto Pixinguinha. Na segunda metade dos anos 1970, passou a gravar frevos, às vezes em seus discos, outras na série de discos "Asas da América", iniciada em 1979, que passou a divulgar o carnaval de Olinda. Viveu em Paris no fim da década de 70. Em 1980, lançou o disco "Coração bobo", cuja música título tornou-se rapidamente grande sucesso. No mesmo disco, gravou "Vem morena" e "Cintura fina", de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. Em 1982, lançou o disco "Cavalo-de-pau", que consagraria definitivamente sua carreira, destacando os grandes sucessos "Tropicana", de Alceu e Vicente Barreto, e "Como dois animais", de sua autoria. No ano seguinte, lançou o disco "Anjo avesso", com destaque para "Marim dos caetés" e "Rouge carmim", ambas de sua autoria. A composição "Anunciação", também de sua autoria, tornou-se um dos maiores sucessos de 1984, sendo cantado popularmente como um hino pela volta da democracia ao país, com a campanha pelas eleições diretas para Presidente da República. Ainda em 1984, lançou o LP "Mágico", com destaque para as composições "Cambalhotas" e "Solidão", ambas de sua autoria. Também no mesmo ano apresentou-se no festival Rock in Rio e gravou na Holanda o clipe da sua música "Rock de repente". Em 1990, lançou o disco "Andar, andar", com destaque para a música título e "FM rebeldia", ambas de sua autoria. Em 1992, lançou "Sete desejos", destacando-se com bastante sucesso a composição "Tesoura do desejo". Em 1994, recebeu o Prêmio Sharp de Melhor Música do ano com "Pétalas", em parceria com Herbert Azul, do disco "Maracatus, batuques e ladeiras". Em 1996, participou com Elba Ramalho, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo da série de shows "O grande encontro". Teve inúmeras músicas incluídas em trilhas sonoras de novelas de televisão: em 1974, no "O Espigão", a música "Retrato 3x4"; em 1975, em "Gabriela", foi a vez de "São Jorge dos Ilhéus"; em 1976, em Saramandaia, teve "Borboleta sabiá"; em "Roque Santeiro", de 1985, teve "Cópias malfeitas"; em "Mandala", de 1987, foi a vez de "Bobo da corte"; em 1992, em "Pedra sobre pedra", teve "Tomara"; em 1993, em "Renascer", apareceu a música "Sete desejos"; em 1994, em "Quatro por quatro", participou com "Paixão"; em 1995, em "Irmãos Coragem", foi a vez de "Talismã"; em 1996 "Solidão" entrou na trilha de "O fim do mundo"; e em 1997 "Cana caiana" fez parte da novela "A Indomada", todas pela TV Globo. Diversos intérpretes da música popular brasileira cantaram músicas de sua autoria, entre os quais, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, MPB-4, Quinteto Violado , Nei Matogrosso e Maria Bethânia. Alceu Valença tomou parte, ainda, de diversos discos de outros artistas, entre eles "Tim Maia e convidados", de 1977, interpretando "78 rotações"; Fagner, "Quem viver chorará", em que canta "Punhal de prata"; Vinícius de Morais, no disco "A Arca de Noé", de 1980, interpretando "A foca". No mesmo ano gravou "Ele disse" e "Assum preto" num show em comemoração ao dia 1º de maio. Em 1990, gravou com João do Vale a composição "Pisa na fulô", no disco "Amigos". Em 1985, no disco "Rock in Rio", apareceu "Tropicana"; em 1994 gravou "Baião" no disco "Viva Gonzagão". Participou, ainda, de discos de Chico César e Quinteto Violado. Em 1999, apresentou-se no espetáculo "Sérgio Ricardo - 60 anos de carreira", ao lado de, entre outros, Chico Buarque e Elba Ramalho, cantando o poema sinfônico "João, Joana" sobre texto de Carlos Drumond de Andrade, com arranjo do maestro Radamés Gnattali. O poema foi reproduzido em disco no estúdio Alceu Bochino na Rádio MEC do Rio de Janeiro, editado em 2000. No mesmo ano lançou o CD "Forró de todos os tempos" e apresentou-se no festival de Montreux na noite chamada de "Pernambuco em canto: Carnaval de Olinda", além de realizar uma tournê pela Europa. Em 2001 lançou pela Abril Music o CD "Forró Lunar", com nove músicas inéditas, entre as quais, a faixa título, "Xote delicado", "Balanciê" e "Forró concreto" Em 2002, marcando 30 anos de carreira, Realizou dois shows de lançamento do CD "De Janeiro a Janeiro", na Fundição Progresso, no Rio, em que confirmou seu exercício contínuo da poesia em várias formas, inclusive a de cordel. Alceu realizou com esse disco um antigo desejo de interromper sua trajetória por diversas gravadoras, que já havia ensejado com o CD "Forró de todos os tempos", comprado depois pela Sony Music. "De Janeiro a Janeiro" apresenta algumas de suas mais de 300 obras, em roupagem inédita, com novos arranjos, em que o sintetizador é substituído por sons de guitarras que lembram pífanos e rebecas, com destaque para "Estação da Luz", a nova "Flor de Tangeriana"e "Blues Baião", composta há trinta anos, quando chegou ao Rio, com uma carta para a irmã. Nesse ano, seus shows foram vistos por mais de 1 milhão de pessoas fora do eixo Rio-São Paulo. Costuma fazer quatro tipos de shows: dois para o carnaval e dois para as festas juninas. Sempre tendo intensa participação no carnaval de Olinda, lidera na cidade o Bloco "Maluco Beleza", desfilando na quarta-feira de cinzas. Artista múltiplo, Alceu Valença funde ritmos tipicamente nordestinos, como o baião, frevo, tocada, coco, xaxado, embolada, xote e maracatu, com ritmos e sons universais, como fado, rock e música oriental. Em maio de 2003, lotou a Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, num show em que se destacaram forrós e a regionalidade nordestina. Em seguida, escolheu o palco da Fundição Progresso, na Lapa, Rio de Janeiro, já consagrado pela presença de jovens e estudantes, para gravar seu quinto CD ao vivo, e primeiro DVD. No show, Alceu apresentou frevos, maracatus, xotes, baião e muito forró, incluindo consagrados sucessos, como "Anunciação" e "Na primeira manhã", além de regravações como no caso de "Como vovó já dizia", de Raul Seixas, e inéditas, num almágama, que, segundo ele, reúne suas várias personalidades musicais. No mesmo período, participou, também na Fundição Progresso, do show comemorativo dos quarenta e cinco anos do Trio Nordestino. Ainda no mesmo ano, foi lançado o site do cantor com sua trajetória contada através de desenhos de cordel com animação e sonorização. Em outubro do mesmo ano, apresentou-se no Canecão-RJ, com o show de lançamento do CD e DVD " Alceu Valença ao vivo em todos os sentidos". Ainda em 2003, participou do projeto "Todos cantam Zé Dantas & Luiz Gonzaga", um CD lançado pela Som Livre, em que grandes nomes da música brasileira interpretaram as principais obras que Luiz e Zé compuseram juntos. No disco, interpretou "Cintura fina". Do projeto, também participaram artistas como Chico Buarque, Gilberto Gil, Gonzaguinha, Sérgio Reis, Elba Ramalho e Dominguinhos. Em 2004, participou da festa da rádio JB FM, no Claro Hall, (RJ) que reuniu para o evento 8 artistas de sete estados do país, privilegiando a música popular do Brasil. No show, que reuniu artistas recém-lançados e as estrelas Fagner. Zeca Baleiro e Alceu, o artista recebeu Luiza Possi, para cantar "Tesoura do Desejo", música de Alceu gravada originalmente pela mãe de Luiza, Zizi Possi. Sozinho, Alceu cantou grandes sucessos, como "Morena Tropicana", "Taxi Lunar", "La belle de jour" e duas inédiatas: "Ai de ti Copacabana" e "Depois do amor". Ainda em 2004, foi lançado pela Universal, dentro da série Ilove MPB, uma coletânea do artista. Também em 2004 ganhou a adesão do cineasta paraibano Walter Carvalho, que também é co-diretor de "Cazuza- O tempo não pára" para seu projeto de realizar o filme "Cordel Virtual", uma concepção que há 5 anos vinha desenvolvendo, inclusive compondo músicas ligadas á temática do projeto. O filme, que é co-assinado por Alceu e Walter Carvalho, que ficou fascinado pelo projeto logo que tomou conhecimento dele, marca a estréia de Alceu como diretor e roteirista, e foi rodado em 2005. Seu roteiro reúne ícones da cultura nordestina, apresentados através de imagens, personagens míticos e passagens do tempo que mesclam o passado, o presente e o futuro, trazendo um painel das referências musicais da infância do cantor. O artista dedica o roteiro de "Cordel Virtual" ao compositor e diretor de cinema Sérgio Ricardo, que afirma ter tido grande significado em sua carreira. Em 2005, lançou seu 26º disco-solo lançado em 35 anos de estrada e 58 de vida. "Na embolada do tempo", seu primeiro disco de composições inéditas, em três anos, algumas diretamente ligadas ao roteiro de "Cordel Virtual", e que confirma o estilo que o consagrou, pontilhado por ritmos como a embolada, o baião,a toada, o samba, o maracatu e o frevo e traz berimbaus e outros instrumentos populares associados à participação dos metais da Orquestra Spok Frevo de Pernambuco. Sempre acompanhado pela guitarra de Paulo Rafael, produtor artístico do trabalho, "Na Embolada do Tempo" traz 12 faixas, todas compostas por Alceu, exceto "Romance da Moreninha", parceria dele com Emanuel Cavalcanti e "Vampira", frevo de J. Michiles, com arranjo do flautista César Michiles, filho do compositor, autor também de "Diabo Louro", há anos um hit dos carnavais de Alceu. São várias faixas- destaques como a canção título, que alinhava temáticamente o próprio disco, a canção "Noite vazia", que ficou fora de seu trabalho de estréia, com Geraldo Azevedo, em 1970, o maracatu "Carnaval na Marim" e "Ai de ti Copacabana" composta seis meses antes, e "Dona das sete colinas", as duas últimas, homenagem às cidades de suas memórias - Olinda e Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, o cantor se apresentou na casa de show Rio Scenarium, no centro da capital carioca, em show especial pelo projeto Couvert Artístico da rádio JB FM e, também, participou, como atração consagrada, do circuito tradicional dos festejos juninos que engloba cidades nordestinas como Caruaru, Campina Grande e Recife. Em 2006, entre outros shows no Circo Voador, no Rio de Janeiro, e turnês pelo Brasil, divulgando o disco "Na embolada do tempo", fez o show da primeira noite da série Encontros Tim, no circo Voador, recebendo convidados como Silvério Pessoa, Zeca Baleiro, Luiz Melodia e Daúde. No show com casa lotada, Alceu incendiou o público com o refrão "Você quer parar o tempo/ o tempo não tem parada", trecho de "Na embolada do tempo", título de seu último disco. Nesse ano, a gravadora Biscoito Fino lançou a coletânea "100 anos de frevo - É de perder o sapato", uma coletânea com dois CDs, da qual participaram vários artistas consagrados da MPB, como, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Silvério Pessoa, Chico Buarque. No disco, Alceu interpretou a faixa ""Homem de Meia Noite", de sua autoria, em parceria com Carlos Fernando. O álbum conta com a execussão instrumental da Spokfrevo Orquestra. Ainda em 2006, apresentou-se no Centro Cultural Ação Cidadania, em evento ligado ao Fórum Social Mundial ocorrido no Rio de Janeiro em companhia da cantora Daúde. O show teve como base o DVD "Marco zero ao vivo" lançado pela Indie Records e gravado em show no Marco Zero na cidade do Recife com a presença de 140 mil pessoas e que contou ainda com as partcipações de Zeca Baleiro, Daúde, Silvério Pessoa, Paula Lima e os maestros Spok e Duda. Nesse disco, interpretou com acompanhamento do maestro Spok os frevos "Vampira", "Me segura senão eu caio" e "Bom demais", as três de J. Michiles, "Caia por cima de mim" e "Beijando a flora", parcerias suas com Don Tronxo, além de "Pirata José", Carnaval da Marim" e um pot-pourri de cirandas que incluiu "Luar de prata" e "Ciranda da aliança". Estão presentes ainda nos discos as interpretações de "Voltei Recife", de Luis Bandeira, em dueto com Silvério Pessoa, "Vassourinha aquática", que ele colocou letra no tema clássico de Matias da Rocha e Joana Batista Ramos, interpretada em dueto com Zeca Baleiro, "Maracatu", com Ascenço Ferreira, em dueto soul com Paula Lima, "Embolada do tempo", cantada com Daúde, e "Acende a luz" que teve o acompanhamento do maestro Duda. No mesmo ano, teve as suas músicas "Romance da bela Inês" e "Espelho Cristalino" gravadas no CD "Forró pra todo lado", de Targino Gondim. Em 2007, foi vencedor do Prêmio Tim de Música Popular Brasileira, na categoria regional- Melhor Disco, com "Marco Zero ao vivo", gravado em show no espaço Marco Zero, em Recife e lançado no mesmo ano pela Indie Records, com produção de Paulo Rafael. Apresentou-se também no evento "Carnaval multicultural do Recife" realizado na praia de Ipanema com as presenças de Frevioca, Spok Frevo Orquestra, Lula Queiroga, Silvério Pessoa, Monobloco, Estrela Brilhante, Escola de Frevo e Caboclinho Sete Flechas. O mesmo espetáculo foi levado ao palco do Circo Voador contando ainda com a presença de Lirinha, vocalista do grupo Cordel do Fogo Encantado. Em 2008, apresentou-se com Dominguinhos na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, dentro do projeto "Pé no mundo", interpretando seus sucessos. Em 2009, lançou pela gravadora Biscoito Fino o CD "Ciranda mourisca", no qual fez releituras de uma parcela de sua obra, com músicas consideradas por ele como "lado B". São cirandas compostas, inspiradas nas músicas ouvidas na infância. O disco foi gravado em seu próprio estúdio no Leblon, RJ e contou com as participações dos músicos Paulo Rafael na guitarra; Edwin de Olinda na percussão; Fernando Nunes no baixo e o francês Jean Dumas na percussão. Fazem parte do CD releituras de "Ciranda mourisca" e "Dente de ocidente" do seu primeiro disco "Molhado de suor", além de composições como "Íris"; "Loa de Lisboa"; "Sino de ouro"; "Pétalas"; "Maracajá"; "Amor que vai""Deusa da noite", como foi rebatizada a música "Dia branco", para não causar confusão com a canção homônima de Geraldo Azevedo, e "Ciranda da rosa vermelha", lançada originalmente por Elba Ramalho e nunca gravada por ele. O CD foi lançado em uma série de shows pelo Brasil. Em 2011, a Universal Music lançou a coletãnea "Alceu valença - dois lados", com dois CDs. Um dos discos trouxe seu lado cantor das próprias composições e de canções de outros colegas da música brasileira. O segundo disco consistiu apenas em composições suas gravadas por grandes intérpretes da MPB. No mesmo ano, realizou participação especial na faixa "Riacho no Navio", do DVD "Salve São Francisco", de Geraldo Azevedo, lançado pela Biscoito Fino. Em 2012, participou do disco "Luiz Gonzaga - Baião de dois", lançado pela Sony Music e produzido por Fagner, em homenagem ao centenário do nascimento do Rei do baião. O disco apresentou quinze obras interpretadas por Luiz Gonzaga, remasterizadas digitalmente, em duetos virtuais com nomes como, além do próprio Alceu Valença, Zélia Duncan, Amelinha, Zeca Pagodinho, Alcione, Dominguinhos, Chico César, Zeca Baleiro, Ivete Sangalo, Fagner e Jorge de Altinho. Em 2014, apresentou no Rio de Janeiro seu novo show, “Carnavalença”, uma festa carnavalesca que trouxe sucessos de sua carreira mesclados com o repertório clássico da folia pernambucana. A apresentação teve participações especiais dos grupos cariocas Orquestra Voadora e Bloco do Sargento Pimenta. No mesmo ano, lançou o CD "Amigo da arte", com repertório carnavalesco. No mesmo ano, estreou como diretor de cinema com o filme "A luneta do tempo", que concorreu ao prêmio de melhor do ano no 42o Festival de Gramado. O longa-metragem, cujo enredo combina a história de Lampião e Maria Bonita com as lendas e os folclores da cultura nordestina, levou cerca de 14 anos para ser finalizado. Para a trilha sonora, Alceu compôs músicas como "O sertão precisa é disso", "Senhora Dona", "Estreia tão bonita", Pra sede queremos aguardente", "Viajei de navio", "O boato", "Chegamos na Pedra Bonita" e "Com ele não tem valente". Ainda em 2014, lançou o DVD “Alceu Valença sinfônico”, registrado a partir de seu concerto “Valencianas”, em que foi acompanhado pela Orquestra de Ouro Preto, com regência de Rodrigo Toffolo. O projeto registrou obras suas de ritmos variados, como frevo, xote e maracatu com toques de música erudita. Em 2015, com o álbum “Amigo da arte”, recebeu o Prêmio de Música Brasileira, na categoria Melhor Cantor Regional. [Fonte: dicionariodampb]
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